Era uma vez, um país de extremos contrastes: de um lado, uma parcela de poucos que eram proprietários de quase toda a fortuna do país, viviam em torno de palácio ou à custa dele. Fingiam que se preocupavam com a outra parcela do povo, que era composta de pobres e miseráveis, dando-lhes migalhas a titulo de serviços públicos. A elite via nesta parcela não um punhado de seres humanos, mas sim um punhado de “descartáveis”. Se desaparecessem, o país viveria melhor! Aqueles pobres e miseráveis só causavam problemas, só davam despesas e dificultavam o meio de vida da elite, já que, ao invés de desaparecerem, aumentavam cada vez mais.
Como fazer para eliminar estes descartáveis?
Tinha que se achar um meio legal de ir eliminando-os. Tornar o homicídio uma coisa legal e normal. Mas isso parecia difícil de implantar.
Mas, “eureka”! Uma luz brilhou nas mentes corrompidas dos donos do poder.
Vamos começar legalizando um homicídio pequeno, menor, algo que a população nem perceba tratar-se de homicídio! Vamos começar autorizando o aborto, sob pretexto de que se trata de uma lei apenas para os casos de fetos com problemas físicos e mentais. Melhor, vamos começar pelos anencéfalos! Quem nasce sem cérebro tem pouca chance de sobreviver e se isso acontece, será por pouco tempo. Por outro lado, durante a sobrevivência só vai dar trabalho para os pais e para a família. Será fácil convencer que isto é bom.
Depois de algum tempo, mudamos a lei para incluir outros tipos de aborto, depois estendemos para os que nasceram com problemas físicos e mentais; depois..., depois... Dentro de alguns anos teremos diminuído muito o número de “descartáveis”. Depois, vamos pensando em acabar com os mendigos, com os pedintes, com os dependentes,...
E assim se fez... Aquele país começou a trabalhar para legalizar o aborto de anencéfalos e já está quase conseguindo. Depois...
Mas claro, isto é apenas uma historinha de um país imaginário.
Qualquer semelhança com a vida real é mera coincidência.
Gazato
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