quinta-feira, 28 de abril de 2011
A PÁSCOA
Há muitos anos atrás,
um homem veio ao mundo
disposto a ser o maior exemplo,
de Amor e Verdade
que a humanidade conheceria...
Mas sua proposta de vida,
não foi entendida por muitos...
Condenaram este homem e crucificaram-no,
ignorando todos os seus propósitos
de um Mundo Melhor...
Houve muita dor, angústia e escuridão...
Por três dias o sol recusou-se a brilhar,
a lua negou-se a iluminar a Terra,
até que ao terceiro dia de vida aconteceu...
A Páscoa existe,
para nos lembrar deste espetáculo inigualável
chamado Ressurreição...
Ressurreição do Sorriso,
da Alegria de Viver,
do Amor,
da Amizade
e da vontade de Ser Feliz...
Páscoa é a Ressurreição dos Sonhos,
das Lembranças
e principalmente de uma verdade,
que está acima dos ovinhos de chocolate,
ou até dos coelhinhos:
Cristo morreu...
Mas ressuscitou
e fez isso somente para nos ensinar
a matar os nossos piores defeitos
e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas
no íntimo de nossos corações!!!
Fonte: Coral São João Batista
um homem veio ao mundo
disposto a ser o maior exemplo,
de Amor e Verdade
que a humanidade conheceria...
Mas sua proposta de vida,
não foi entendida por muitos...
Condenaram este homem e crucificaram-no,
ignorando todos os seus propósitos
de um Mundo Melhor...
Houve muita dor, angústia e escuridão...
Por três dias o sol recusou-se a brilhar,
a lua negou-se a iluminar a Terra,
até que ao terceiro dia de vida aconteceu...
A Páscoa existe,
para nos lembrar deste espetáculo inigualável
chamado Ressurreição...
Ressurreição do Sorriso,
da Alegria de Viver,
do Amor,
da Amizade
e da vontade de Ser Feliz...
Páscoa é a Ressurreição dos Sonhos,
das Lembranças
e principalmente de uma verdade,
que está acima dos ovinhos de chocolate,
ou até dos coelhinhos:
Cristo morreu...
Mas ressuscitou
e fez isso somente para nos ensinar
a matar os nossos piores defeitos
e ressuscitar as maiores virtudes sepultadas
no íntimo de nossos corações!!!
segunda-feira, 25 de abril de 2011
A ressurreição de Jesus inaugura a Vitória da Vida sobre a Morte
No primeiro dia da semana, a vida ressurge com grande esplendor. Jesus está vivo, é a vitória da Vida sobre a Morte. A morte não tema mais primazia, agora a vitória renasce com esplendor do Cristo Ressuscitado. O sepulcro esta vazio e ele é a prova da ressurreição de Jesus.
O evangelista João nos relembra aqui a sua chegada ao sepulcro de Cristo e a fé na ressurreição, entrelaçada com a de Madalena e a dos outros apóstolos.
No episodio desse dia vemos Madalena que vê a pedra retirada e logo dá a sua interpretação, sem se preocupar em reparar se o sepulcro está vazio. Temos também atitude de Simão Pedro e o outro discípulo, que é o evangelista, vão para ver e verificar, instigados por Madalena, mas procurando ser mais objetivos. O apostolo mais jovem e esperto e vivaz dá uma olhada rápida de fora, mas já bem precisa e aguçada. Pedro, porém, entra e com menos pressa e mais observador e com uma cautela tem um olhar de inspeção. Tudo isso não são suficientes se não houver o olhar da fé que brota na crença do Cristo ressuscitado.
No episodio desse dia vemos Madalena que vê a pedra retirada e logo dá a sua interpretação, sem se preocupar em reparar se o sepulcro está vazio. Temos também atitude de Simão Pedro e o outro discípulo, que é o evangelista, vão para ver e verificar, instigados por Madalena, mas procurando ser mais objetivos. O apostolo mais jovem e esperto e vivaz dá uma olhada rápida de fora, mas já bem precisa e aguçada. Pedro, porém, entra e com menos pressa e mais observador e com uma cautela tem um olhar de inspeção. Tudo isso não são suficientes se não houver o olhar da fé que brota na crença do Cristo ressuscitado.
João registra, por isso, uma outra etapa do seu itinerário (v. 8). O que é que ele "viu"?
O apostolo Pedro viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. O corpo de Jesus parece que se evaporou como uma energia. Somente a fé que vem da escuta da palavra de Deus numa intimidade com Deus podemos interpretar e celebrar a dimensão da Ressurreição de Cristo. Embora, as escritura e as palavras de Jesus já tinham falado desse acontecimento. Jesus passa da morte para a Vida. Uma vida que não se acaba e todos que crê nisto e em Jesus não morrem jamais.
Hoje é um dia de muita festa para nós cristãos católicos, é a Páscoa do Senhor. Jesus está vivo no nosso meio. A vida é celebrada, a luz de Cristo ilumina a nossa vida de comunidade, de família e de sociedade.
O apostolo Pedro viu os panos de linho estendidos no chão e o sudário que tinha sido usado para cobrir a cabeça de Jesus. O corpo de Jesus parece que se evaporou como uma energia. Somente a fé que vem da escuta da palavra de Deus numa intimidade com Deus podemos interpretar e celebrar a dimensão da Ressurreição de Cristo. Embora, as escritura e as palavras de Jesus já tinham falado desse acontecimento. Jesus passa da morte para a Vida. Uma vida que não se acaba e todos que crê nisto e em Jesus não morrem jamais.
Hoje é um dia de muita festa para nós cristãos católicos, é a Páscoa do Senhor. Jesus está vivo no nosso meio. A vida é celebrada, a luz de Cristo ilumina a nossa vida de comunidade, de família e de sociedade.
Deixemos Cristo reinar nas nossas relações, nas nossas atitudes e que possamos ser criaturas novas com novo ardor de evangelização para construir uma Igreja participativa onde cada um se compromete com ela para que a dinâmica da sua missão não acabe com a nossa omissão, do não comprometimento material e espiritual que ela necessita.
Sejamos cristãos autênticos, membros ativos e participantes da vida comunitária.
Sejamos cristãos autênticos, membros ativos e participantes da vida comunitária.
Na Tua Cruz, Senhor!
Na tua cruz, Senhor,
vislumbrei o Reino da justiça
e da paz prometidas!
Na tua cruz, Senhor,
entendi o meio de gerar amor
com sabor de Vida!
vislumbrei o Reino da justiça
e da paz prometidas!
Na tua cruz, Senhor,
entendi o meio de gerar amor
com sabor de Vida!
Na tua cruz, Senhor,
celebrei a Páscoa,
derramei o vinho,
embebi o pão,
encarei a dor,
vi que tudo passa
por este caminho da maturação.
Na tua cruz, Senhor,
eu brindei a Vida
quando entendi qual terna oblação,
descabido gesto,
de incontido ardor,
inevitável preço,
desmedido amor!
Na tua cruz, Senhor,
aprendi a colocar o devido peso,
não antes ou depois,
nem em vez de....mas...
Na tua cruz, Senhor!
Autor Afonso M.L Soares
sexta-feira, 22 de abril de 2011
A mãe e o filho da luz
A mãe e o filho da luz - Paulo Roberto Gaefke
Lá vai a mãe com o filho nos braços,
leva-o para bem longe, para um lugar seguro.
A mãe agasalha-o contra o peito, protege-o.
Apesar de tantas provações e privações,
nada falta para o seu filho.
Lá vai a mãe com o filho pela mão.
Segura-o com todo carinho e cuidado.
Mesmo assim, no meio da multidão ele desaparece.
Inconformada, a mãe volta cada passo,
e encontra seu filho como orador,
ensinando aos mais velhos, sua mais bela lição:
a lição do amor.
Lá vem a mãe, agora ela segue seu filho.
Ele cresceu, mas é o seu menino,
ainda que em missão, em meio a multidão,
ela o segue e zela por ele.
Ele nunca está sozinho, sempre cercado,
mas ela nunca o abandona...
Lá está mãe seguindo seu filho,
no caminho doloroso, ela chora,
sente cada chibatada como se fosse na própria carne.
Agora a multidão se afasta, ela contempla o seu filho,
vergado de dores, o mesmo olhar amoroso,
ainda pede que cuidem dela.
Ela chora, e o céu escurece,
o véu do templo se rasga,
tudo está consumado...
Lá está a mãe, naquela casinha de pedra,
despede-se do corpo, vaso sagrado.
Eis que a mãe vê o filho,
que a acolhe em seu braços.
Eis que anjos se misturam, cantam e tocam,
e mãe e filho seguem sorrindo,
para juntos, no infinito, zelarem pela multidão, especialmente por você, que sentiu nesta pequena mensagem,
a doçura da mãe e o calor da luz,
da ternura de Maria,
e o amor de Jesus.
leva-o para bem longe, para um lugar seguro.
A mãe agasalha-o contra o peito, protege-o.
Apesar de tantas provações e privações,
nada falta para o seu filho.
Lá vai a mãe com o filho pela mão.
Segura-o com todo carinho e cuidado.
Mesmo assim, no meio da multidão ele desaparece.
Inconformada, a mãe volta cada passo,
e encontra seu filho como orador,
ensinando aos mais velhos, sua mais bela lição:
a lição do amor.
Lá vem a mãe, agora ela segue seu filho.
Ele cresceu, mas é o seu menino,
ainda que em missão, em meio a multidão,
ela o segue e zela por ele.
Ele nunca está sozinho, sempre cercado,
mas ela nunca o abandona...
Lá está mãe seguindo seu filho,
no caminho doloroso, ela chora,
sente cada chibatada como se fosse na própria carne.
Agora a multidão se afasta, ela contempla o seu filho,
vergado de dores, o mesmo olhar amoroso,
ainda pede que cuidem dela.
Ela chora, e o céu escurece,
o véu do templo se rasga,
tudo está consumado...
Lá está a mãe, naquela casinha de pedra,
despede-se do corpo, vaso sagrado.
Eis que a mãe vê o filho,
que a acolhe em seu braços.
Eis que anjos se misturam, cantam e tocam,
e mãe e filho seguem sorrindo,
para juntos, no infinito, zelarem pela multidão, especialmente por você, que sentiu nesta pequena mensagem,
a doçura da mãe e o calor da luz,
da ternura de Maria,
e o amor de Jesus.
domingo, 17 de abril de 2011
A arte de ensinar
"Educar é um exercício de imortalidade. De alguma forma continuamos a viver naqueles, cujos olhos aprenderam a ver o mundo pela magia da nossa palavra. O professor, assim, não morre jamais... Entendo assim a tarefa primeira do educador: Dar aos alunos a razão para viver”.
RUBEM ALVES
Nos ensinaram na escola que o importante na vida é ter que saber resolver as equações, teorias, raiz quadrada, polinômios, logaritmos.
Quantas combinações possíveis existem em 10.564 números distintos. E se tocar que infinito é aquilo que vira dízima periódica. O que vem a ser o tal do Pi.
Aplicar análises sintáticas, morfológicas, pretérito mais que perfeito do indicativo, os quatro usos do "porque". Estrutura de uma redação, dissertação e outros "ãos".
Saber onde fica Alabama, Beijin, Estreito de Gibraltar, este ou aquele país. Decorar as capitais do Brasil.
Entender atitudes de Hitler, Mussolini, Mao Tse Tung, Jânio e JK. Saber data da Guerra de Canudos, quem foi Dom Pedro e o que fez Getúlio. Porque a cruz da coroa da Hungria é torta.
Descobrir o que é uma célula, uma molécula e a tabela periódica.
Descobrir o que é uma célula, uma molécula e a tabela periódica.
Fazer desenhos de junção de átomos. Analisar a estrutura de uma substância. O que são prótons, íons e elétrons. O Ph das coisas.
Sem deixar de lado os Hinos Nacionais, as cores primárias, secundárias e terciárias, passeando pelos ângulos, losangos, graus...
Massacraram nossas mentes em fórmulas para descobrir em quantos segundos uma pedrinha de 10 gramas demora a chegar ao chão numa altura de 5 metros. Quanto tempo demora a ferver 1 litro de água na altitude zero ou a 450 metros. Nos perdemos entre cálculos e textos.
Tantos anos sentados numa sala de aula, diante de tantos professores, tantas decorebas, matérias, conhecimento geral.
Tudo tão inútil...
E hoje percebo que "eles", nossos professores, pouco falaram e ensinaram sobre a VIDA.
Sim, a vida que a gente vive no dia a dia.
A fórmula certa para quando a gente se apaixona e parece que os pés não tocam o chão.
O que é aquela reação química que acontece dentro de nós quando ficamos com medo.
O de como agir de forma a não machucar ou magoar as pessoas.
De como ser íntegro.
De saber que mais importante que um dia de aula é sair por aí descalço numa tarde de primavera e apreciar o som do ar.
Desafiar a lei da gravidade pulando de pára-quedas.
Não... Não nos ensinaram a lidar com as pessoas, com o sentimento dos animais, com o retorno da natureza, com a energia que tem dentro de cada um e de cada lugar. Como fazer com que isso reverta a nosso favor.
Não estimularam a descobrir que homens e mulheres pensam e agem de forma diferente por conta de seus hormônios. Não disseram como combater a TPM, ou educar filhos, ou ter sucesso profissional. Como fazer para poupar dinheiro. Se tornar próspero. Não ser compulsivo nas compras num shopping.
Como se conhecer, auto analisar e ver o padrão de quem está ao nosso lado para entendê-lo melhor.
Ensinaram línguas estrangeiras, mas esqueceram da linguagem corporal, e saímos pelo mundo com a certeza que "sabemos" tudo, mas deixamos de lado o abraço, o sorriso, o bom dia a quem não conhecemos, por simples medo do contato...
Não nos tocamos, e perdidos vamos tateando sozinhos até cada um se encontrar... Quando se encontram. Esqueceram de falar de prazer, individualidade, respeito, direitos, dialogo, amor, raiva, esperança.
Então penso: a escola deveria fazer um papel diferente.
Não deveria apenas ensinar o que está nos livros, mas se cada um de nós por apenas quatro ou cindo aulas no ano, tivéssemos a oportunidade de ter escutado de nossos professores sua experiência de vida em alguma situação real, de como foi aquele vexame imperdoável, de onde arrumou recursos para sobreviver, aquela recordação de infância com cheiro de bolo de avó, da paixão quase inocente, da lição de moral dita pelo pai, da chave do carro roubada, do braço quebrado e de tantas outras coisas normais... Com certeza aquela seria a aula mais importante e inesquecível de nossas vidas.
Sairíamos no mundo mais seguros, com menos grilos, mais leves e felizes.
Professores são pessoas... Pessoas que formam GENTE!
Fica aqui minha homenagem a estes mestres, que eu tenho certeza, que tem muito mais a ensinar do que rege o cronograma do Ministério da Educação.
Tentem ao menos uma vez, ao entrarem na sala de aula, dizer:
- Fechem seus cadernos, pois hoje vou falar de do tema VIVER... Alguma pergunta?
Morte em vida
Morre a alma que não ri, que não goza, que não sente prazer...
Morre a alma que não canta, não fala tolices, não dança, não sabe se divertir.
Morre a alma que chora, lamenta a vida, se satura de dor.
Morre a alma que perdeu a esperança, que não vê luz no fim do túnel, que se perdeu no passado.
Morre a alma que já não discute, apenas acata.
Que já não luta, apenas aceita.
Que já não mais encontra alegria, apenas suspira.
Morre a alma que pertence a um corpo apenas,
Corpo este que não faz mais o que quer,
Que se prendeu em amarras fortes, não consegue desatar os nós.
Morre a alma num corpo cheio de vida, em que os olhos já não brilham mais.
Que clama por vida, mas sem forças apenas sobrevive e sonha com o que viveu.
Morre a alma.
Sobra a vida.
Sobra um corpo desgastado e sem vigor.
Sobra vida.
Falta alma.
Morre a alma sem cor.
Morre a alma que não canta, não fala tolices, não dança, não sabe se divertir.
Morre a alma que chora, lamenta a vida, se satura de dor.
Morre a alma que perdeu a esperança, que não vê luz no fim do túnel, que se perdeu no passado.
Morre a alma que já não discute, apenas acata.
Que já não luta, apenas aceita.
Que já não mais encontra alegria, apenas suspira.
Morre a alma que pertence a um corpo apenas,
Corpo este que não faz mais o que quer,
Que se prendeu em amarras fortes, não consegue desatar os nós.
Morre a alma num corpo cheio de vida, em que os olhos já não brilham mais.
Que clama por vida, mas sem forças apenas sobrevive e sonha com o que viveu.
Morre a alma.
Sobra a vida.
Sobra um corpo desgastado e sem vigor.
Sobra vida.
Falta alma.
Morre a alma sem cor.
MOCHILA DE MÁGOAS
"Todas as misérias verdadeiras são interiores e causadas por nós mesmos. Erradamente julgamos que elas vêm de fora, mas nós é que as formamos dentro de nós, com a nossa própria substância."
“Um professor pediu aos alunos que levassem uma sacola com batatas para a sala de aula. Solicitou que separassem uma batata para cada pessoa que os magoara ou de alguma forma os fizera sofrer. Então escrevessem o nome da pessoa na batata e a colocassem dentro da sacola.
Eles começaram a pensar, e foram lembrando uma a uma...
Algumas sacolas ficaram muito pesadas!
A tarefa seguinte consistia em, durante uma semana, carregar consigo a sacola com as batatas para onde quer que fossem.
Com o tempo as batatas foram se deteriorando.
Era um incômodo carregar a sacola o tempo todo e ainda sentir seu mau cheiro.
Além disso, a preocupação em não esquecê-la em algum lugar fazia com que deixassem de prestar atenção em outras coisas que eram importantes para eles.
E foi assim que os alunos entenderam a lição de que carregar mágoas é tão ruim quanto carregar batatas.
Quando damos importância aos problemas não resolvidos ou às promessas não cumpridas, nossos pensamentos enchem-se de mágoa, aumentando o stress e roubando nossa alegria.
Perdoar e deixar estes sentimentos irem embora é a única forma de trazer de volta a paz e a calma.
Vamos lá!
Jogue fora suas “batatas!
E sorria!!!”
Fonte: Arca do Conhecimento
quinta-feira, 14 de abril de 2011
Jubileu e Gratuidade
Haroldo Reimer
Viver a partir da graça é uma das experiências mais profundas e mais gratificantes da vida humana. Como pessoas cristãs, como comunidades e como Igreja, por fé, vivemos do anúncio e da realização da graça de Deus atuante no mundo e em nossa vida. Cremos em Deus como a origem da gratuidade da vida e do amor, para toda a sua criação. Cremos no seu santo Espírito a pro-clamar a constante novidade da vida e da renovação do viver. O Espírito de Deus, por seu poder, e através da Palavra quer chamar a todos nós para essa novidade evangélica de vida mostrada da forma mais profunda no viver de Jesus de Nazaré, o Cristo de Deus.
Nas nossas Sagradas Escrituras temos tradições que falam de uma constante reorganização da vida do povo de Deus. Em Levítico 25 lemos que a cada 50 anos deveria ser tocado o “yobel”, que é uma espécie de chifre de carneiro usado liturgicamente em ocasiões muito especiais. O toque desse “berrante divino” convocava o povo de Israel para uma ampla libertação. Quem tivesse perdido as suas terras, poderia voltar à sua possessão. Quem se tornou escravo por causa de dívidas, seria liberto e teria a sua dívida perdoada. Esse quinquagésimo ano era conhecido como “ano jubilar”. Por trás dessa tradição maior há outras tradições como o sétimo dia como um dia de descanso. Poder descansar é uma graça! Havia também as tradições do ano sabático: no sétimo ano, a terra teria o direito de descansar (Ex 23,10-11), as pessoas escravizadas por relações econômicas deveriam ser libertas (Ex 21,2-11; Dt 15) e as dívidas eram perdoadas (Dt 15). Tal ano especial era chamado de “ano jubilar”. Era o ano em que se tocava a “trombeta libertadora de Deus” (yobel) e da música gerada pelo Espírito libertador que soprava mais forte na letra dessas leis brotavam o júbilo e alegria das pessoas oprimidas e empobrecidas. Por sua graça, Deus concedia e ordenava um tempo especial para poder recomeçar a vida.
Essas tradições jubilares testemunhadas no Antigo Testamento são assumidas e radicalizadas na prática de Jesus de Nazaré. Jesus se apresenta como o Messias de Deus que realiza o “ano da graça” ou “ano jubilar” (Lc 4). O Cristo de Deus requer o perdão de dívidas, a libertação de pessoas escravizadas e a construção de relações de vida justa e digna. A grande novidade em Jesus é que esse “ano da graça” deve ser uma realização constante. Jesus rompe com o esquema de tempo. Não mais de 7 em 7 anos, nem de 50 em 50 anos, mas cada dia é tempo especial de viver da graça e a graça de Deus na vida da gente. HOJE é o tempo oportuno de salvação. Isso Jesus mostrou de modo inequívoco na singela e mais profunda oração: “Pai nosso ... cada dia ... perdoa as nossas dívidas, assim como nós perdoamos os nossos devedores ...” (Mt 6).
O berrante hebraico ecoa na história. Quer chamar para ousar pensar e realizar câmbios profundos nas relações econômicas e sociais. O Espírito Santo continua a nos chamar hoje para viver na dinâmica dessa libertação.
O CÂNTICO DA TERRA
O CÂNTICO DA TERRA
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a terra, eu sou a vida.
Do meu barro primeiro veio o homem.
De mim veio a mulher e veio o amor.
Veio a árvore, veio a fonte.
Vem o fruto e vem a flor.
Eu sou a fonte original de toda vida.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço.
Sou o chão que se prende à tua casa.
Sou a telha da coberta de teu lar.
A mina constante de teu poço.
Sou a espiga generosa de teu gado
e certeza tranquila ao teu esforço.
Sou a razão de tua vida.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.
De mim vieste pela mão do Criador,
e a mim tu voltarás no fim da lida.
Só em mim acharás descanso e Paz.
Eu sou a grande Mãe Universal.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
Tua filha, tua noiva e desposada.
A mulher e o ventre que fecundas.
Sou a gleba, a gestação, eu sou o amor.
A ti, ó lavrador, tudo quanto é meu.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
Teu arado, tua foice, teu machado.
O berço pequenino de teu filho.
O algodão de tua veste
e o pão de tua casa.
E um dia bem distante
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.
a mim tu voltarás.
E no canteiro materno de meu seio
tranqüilo dormirás.
Autora: Cora Coralina
quarta-feira, 13 de abril de 2011
terça-feira, 12 de abril de 2011
JESUS E O PROJETO DO REINO...
Para Jesus, o Reino de Deus não é um território delimitado, nem propriedade particular de quem quer que seja, de nenhuma igreja, governo ou império, é para todos: pobres, doentes, famintos, tristes, oprimidos, excluídos e inclusive os pecadores. É o reinado de Deus, onde se faz a vontade de Deus. E a vontade de Deus é libertar, salvar e dar plenitude de vida para toda a família humana, mostrando o significado do mundo, da existência e do sentido da história.
No A.T., o projeto de Deus começa desde a revelação a Abraão, Moisés, os Juízes, os Profetas até completar-se em Jesus Cristo. Desse modo, o Reino de Deus é muito mais amplo que o nosso pensamento possa imaginar, abrange tudo, como uma totalidade do mundo material, espiritual e humano, não cabe em definições, que empobreceriam sua beleza e granditude, mas pedagogicamente podemos traduzi-lo que é a felicidade do homem e do mundo como um todo, por isso universal.
Deus quer ver o homem e o mundo vivendo felizes e a felicidade traduz-se de muitos modos: pela saúde, pela moradia, pelo direito ao trabalho, pelo pão à mesa, pela liberdade, pelos direitos e deveres, pelo perdão, pela paz...
Foi isso que Jesus veio concretizar e por isso morreu; daí o cuidado para não confundir o Reino de Deus com os projetos de poder e domínio e em nome de Deus, pois o Reino não se constrói sobre os valores do mundo: riqueza, poder, status, ganância, egoísmo, individualismo, hedonismo e tantos outros ismos.
Jesus pregou e inaugurou o Reino de Deus com atitudes, sendo o primeiro a viver os seus valores, não pregou a si mesmo, renunciou o poder do mundo em função do plano de Deus. Ensinou-nos que os sinais do Reino existem onde há: obediência à vontade de Deus, justiça, igualdade, perdão, fraternidade, paz, oração, partilha e, sobretudo o amor, pois quem ama estará cumprindo todas as exigências do Reino.
Ensinou-nos ainda a oração mais importante: “Venha a nós o vosso Reino” e diz em que ele consiste: Santificar o nome do Deus, que sua vontade seja feita, assim os homens terão pão, a culpa será perdoada e o mal será vencido.
Por tudo isso o Reino de Deus implica dinamismo, exige conversão e transformação radical do mundo e das pessoas no sentido do “amor e de amar” e na superação de todos os elementos inimigos do homem e de Deus. Significa ainda uma revolução no modo de pen
sar, sentir e de agir e uma global transformação do mundo e das coisas da pessoa, para sua felicidade e do mundo como um todo.
Jesus nos oferece essa proposta do Reino, que revela a presença transformadora de Deus no mundo, na história e no coração de cada pessoa. Aderir a esse projeto de um Reino de justiça perfeita, de liberdade, de amor, perdão e paz é fazer uma opção, é tomar partido: seguir Jesus. E, para seguir Jesus, devemos defender o projeto da VIDA e lutar contra as forças do anti-Reino.
Com Jesus, o Reino se faz presente!
Um “outro” Deus possível - Descobrindo o caminho.
Descobrindo o caminho |
Certas coisas nos espantam quando ouvimos algumas pessoas falarem sobre Deus e religião.
Ontem, parei num posto de combustível da Avenida Campos Sales (centro de Campinas) para abastecer. Encostei-me a uma bomba que fica rente à calçada, desci do carro e fiquei aguardando a presença de um frentista. Muitas pessoas passavam na calçada, mas de repente, ouvi o seguinte comentário:
- Fique tranqüilo, Deus vai te dar vitória; seus inimigos serão aniquilados.
Voltei-me para a rua e vi um senhor aparentando uns 35 anos, portando uma Bíblia, caminhando ao lado de um casal mais maduro e com eles conversando. A fala viera desta pessoa que estava carregando a Bíblia, o que faz pressupor que seja uma pessoa religiosa, provavelmente, seguidor de uma igreja evangélica ou protestante.
Se a frase ficasse só na primeira parte, nada haveria a contestar. Traduzir-se-ia por uma expressão que tentava dar alento ao casal. Mas, quando veio a segunda parte, o espanto foi enorme. Ela traz embutida em si, a idéia da vingança, da ira, do desejo de morte ao inimigo. E ai eu fiquei pensando: será que ele está se referindo ao mesmo Deus nas duas frases? Ou para ele existem dois deuses; um que lhe ajuda e outro que é destruidor?
Mas, claro e evidente, se carregava a Bíblia, ele seria, no mínimo um cristão, mas, em evidência muito maior, um cristão muito mal informado e que, através dessa má-formação, incutia aos demais uma idéia e um conceito totalmente deturpado do Deus no qual os cristãos acreditam.
De fato, este Deus em que acreditamos e que para nós é único em tri-unidade, nos ensina, pelo seu filho Jesus, a “amar o próximo, ainda que seja um inimigo, como a si mesmo” e a jamais desejar ao outro aquilo que não quer para si. E este Deus nos ensina que uma das maiores virtudes do ser humano é ser misericordioso e compassivo, perdoando ao infinito qualquer ofensa recebida.
Nas parábolas dos perdidos sobressai esta virtude divina do perdão, especialmente naquela que é considerada “o coração do evangelho”, a parábola do “Pai Misericordioso”. Apesar de todas as graves ofensas do filho mais novo praticada contra o pai (inclusive, implicitamente a de desejar a morte do pai), este pai recebe a acolhe aquele filho quando volta (maltrapilho, ferido, desnutrido e cabisbaixo), com toda alegria e contentamento, fazendo festa e comemorando a volta do filho perdido. Na parábola Jesus nos coloca na dúvida se este filho estava realmente arrependido, ou se pensava apenas em buscar uma forma de se safar de seus infortúnios. Mas isto não interessa ao pai, é seu filho que volta, o filho que estava morto e que revive por encontrar o caminho da volta ao lar paterno.
Quando coloco no título, um “outro” Deus possível, não estou, em absoluto, querendo dizer que existam outros deuses, mas apenas querendo dizer que é possível encontrarmos o único Deus verdadeiro, o Deus de Jesus. Para isto, devemos apenas entender o que disse o próprio Jesus em sua curta jornada missionária. No dicionário divino, a palavra “vingança” certamente figura como uma das mais negativas atitudes humanas. Se Deus é amor, como nos ensina o evangelista João, no amor não existe sequer a possibilidade de se desejar mal ao outro, menos ainda a de alimentar desejos de vingança.
Se fosse possível, eu diria ao autor desta frase tão infeliz, que ele precisaria estudar e refletir muito sobre a Palavra de Deus, pois que, embora ele a carregasse nas mãos, tudo indica que era apenas como adorno. Talvez estudar e refletir e se abrir à ação do Espírito o levasse a encontrar este “outro” Deus que ele parece desconhecer. E encontrando este Deus único e verdadeiro, ele encontraria o caminho e talvez não dissesse e ensinasse coisas tão absurdas.
Apenas uma observação final. Embora eu tenha dito que a atitude da pessoa me tenha feito pressupor que se tratasse de um evangélico, nada me garante isso, Poderia até mesmo se tratar de um cristão católico. Não é a confissão religiosa desta pessoa o cerne da questão. O cerne é a idéia errada e contraditória que ele faz de Deus. E que muitos cristãos, sejam católicos ou evangélicos ainda fazem.
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