domingo, 17 de abril de 2011

Morte em vida


Morre a alma que não ri, que não goza, que não sente prazer... 
Morre a alma que não canta, não fala tolices, não dança, não sabe se divertir. 

Morre a alma que chora, lamenta a vida, se satura de dor. 
Morre a alma que perdeu a esperança, que não vê luz no fim do túnel, que se perdeu no passado. 

Morre a alma que já não discute, apenas acata. 
Que já não luta, apenas aceita. 
Que já não mais encontra alegria, apenas suspira. 

Morre a alma que pertence a um corpo apenas, 
Corpo este que não faz mais o que quer, 
Que se prendeu em amarras fortes, não consegue desatar os nós. 
Morre a alma num corpo cheio de vida, em que os olhos já não brilham mais. 
Que clama por vida, mas sem forças apenas sobrevive e sonha com o que viveu. 

Morre a alma. 
Sobra a vida. 
Sobra um corpo desgastado e sem vigor. 
Sobra vida. 
Falta alma. 
Morre a alma sem cor.


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