quarta-feira, 25 de maio de 2011

SERÁ PRECISO? (POESIA LUSITANA)

Partilho-me neste Momento, apenas e só, enquanto cidadã do mundo para perguntar a todos os pronomes pessoais e ainda aos senhores do Mundo o seguinte:

Será preciso continuar a esvair-nos em sangue para compreender a dor da Guerra?

Será preciso continuar a comer o lixo do chão e dos outros, ou não comer de todo, para aprendermos o que é partilhar e pôr um ponto final na Fome?

Será preciso a Morte anunciar-se na porta ao lado para acreditarmos que se pode morrer de Solidão?

Será preciso perder Alguém querido para sabermos o que é o Amor?

Será preciso que as lágrimas gritem para acabar com o Sofrimento?

Será preciso dialogar no silêncio para que renasça a Tolerância e o Respeito?

Será preciso bater no fundo do poço para afogar o egoísmo e fazer emergir a Solidariedade?

Será preciso a Natureza zangar-se ferozmente, para relembrar ao Homem que ainda não aprendeu a respeitar a Terra que há milhões de anos o acolheu e que Amanhã pode ser tarde demais?

Porque não temos o direito à prepotência

Porque temos o dever de preservar

Porque não podemos continuar a achar que por sermos o topo da evolução (antes fôssemos!) 
podemos tudo o que nos apetece mesmo que isso leve à extinção da Vida…

SERÁ PRECISO PERDERMOS TUDO PARA PERCEBERMOS QUE NÃO SOMOS NADA?

(Obs.1: Fizemos adaptação da linguagem do português de Portugal para o do Brasil)
(Obs.2: A tradução de "Really, you gotta stop" é mais ou menos "Realmente, tenho que parar") 

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